O ensaio poético 'é este o destino do corpo, abrir-se', da escritora Mariana Marino, dialoga com o ensaio 'Sobre estar doente', de Virginia Woolf, e o conceito do 'exército dos eretos' - aqueles que, sem dores crônicas ou deficiências, não necessitam estar horizontalmente além da noite de sono. A partir desse ponto de encontro, a autora narra a doença pelos olhos de uma criança, submetida a uma cirurgia cardíaca e que divide o quarto com Daniela, outra criança, também submetida aos cuidados e violências médicas.
'Assim como Daniela, eu também era uma menina doente e, no dia seguinte do seu internamento ao lado do meu leito, nós duas passaríamos por nossa primeira cirurgia cardíaca'.
'é este o destino do corpo, abrir-se', é uma busca, é um pedido de ajuda para encontrar Daniela e sua fantasmagoria que rondam as memórias de uma criança que teve o peito aberto pela primeira vez aos cinco anos de idade.
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trecho do posfácio de Natasha Tinet: 'doer é se desentender do mundo'
'Todas as doentes são solitárias, mas cada doente é solitária à sua maneira. A escritora doente guarda a dor na memória e na ponta dos dedos. Aprende a resistência do corpo que se abre em camadas de palavras, uma respiração que vem de um lugar cada vez mais profundo, sanguíneo e desconhecido. Escrever dói. Uma dor que pesa e flutua ao mesmo tempo.'
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R$ 30,00Preço
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